segunda-feira, abril 14, 2008

Proposta arriscada 14 Abril

Evangelho segundo S. João 10,11-18.

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas.
Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»


Um pastor é simples e humilde, não tem agenda, nem relógio, é indiferente ao sol ou à chuva, ao frio ou ao calor, está sempre voltado para o bem-estar do seu rebanho e, tem interessantíssimos diálogos com cada uma das suas ovelhas que conhece pelo nome. O Senhor é o nosso Pastor! Está sempre disponível para nos acolher e amar.

O Senhor nunca nos abandona e ama-nos de tal maneira que foi capaz de dar a sua vida por nós.

O Rei David, no Salmo 23, afirma: "O SENHOR é meu pastor: nada me falta... Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão-me confiança.

As ovelhas obedecem ao seu pastor e nele confiam.
Será que estamos obedecendo ao nosso Pastor e procurando conhecer a sua Palavra?


Rezemos por todos os sacerdotes que têm a missão de cuidar e acompanhar todas as ovelhas do Senhor. E, não nos esqueçamos também de rezar pelas vocações... para que cada um de nós descubra e aceite a sua vocação.



Extra:
Apesar de ser suposto que apenas se faça um comentário breve ao Evangelho do dia, decidi deixar-vos ainda estas fantásticas palavras do Papa Bento XVI...

Homilia da Missa inaugural do seu Pontificado, 24/4/05

"Dou a vida pelas minhas ovelhas"

No Antigo Oriente era costume que os reis se designassem como pastores do seu povo. Esta era uma imagem do seu poder, uma imagem cínica: os povos eram para eles como ovelhas, das quais o pastor podia dispor como lhe aprazia. Enquanto o pastor de todos os homens, o Deus vivo, se tornou ele mesmo cordeiro, pôs-se do lado dos cordeiros, daqueles que são esmagados e mortos.

Precisamente assim Ele se revela como o verdadeiro pastor: "Eu sou o bom pastor... Ofereço a minha vida pelas minhas ovelhas", diz Jesus de si mesmo (cf. Jo 10, 14 s). Não é o poder que redime, mas o amor! Este é o sinal de Deus: Ele mesmo é amor. Quantas vezes nós desejaríamos que Deus se mostrasse mais forte. Que atingisse duramente, vencesse o mal e criasse um mundo melhor. Todas as ideologias do poder se justificam assim, justificando a destruição daquilo que se opõe ao progresso e à libertação da humanidade. Nós sofremos pela paciência de Deus. E de igual modo todos temos necessidade da sua plenitude. O Deus, que se tornou cordeiro, diz-nos que o mundo é salvo pelo Crucificado e não por quem crucifica. O mundo é redimido pela plenitude de Deus e destruído pela impaciência dos homens.