terça-feira, novembro 06, 2007

Proposta arriscada - Pipos comenta

Lc. 14,15-24

Naquele tempo, disse a Jesus um dos que estavam com Ele à mesa:
«Feliz de quem tomar parte no banquete do reino de Deus».
Respondeu-lhe Jesus:
«Certo homem preparou um grande banquete e convidou muita gente. Á hora do festim, enviou um servo para dizer aos convidados: 'Vinde, que está tudo pronto'. Mas todos eles se foram desculpando. O primeiro
disse: 'Comprei um campo e preciso de ir vê-lo. Peço-te que me dispenses'. Outro disse: 'Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las'. Peço-te que me dispenses'. E outro disse: 'Casei-me e por isso não posso ir'. Ao voltar, o servo contou tudo isso ao seu senhor. Então o dono da casa indignou-se e disse ao servo: 'Vai depressa pelas praças e ruas da cidade e traz para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos'. No fim, o servo disse: 'Senhor, as tuas ordens foram cumpridas, mas ainda há lugar '. O dono da casa disse então ao servo: 'Vai pelos caminhos e azinhagas e obriga toda a gente e entrar, para que a minha casa fique cheia. Porque eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete'».

Ao ler este evangelho lembo-me das vezes em que Deus com toda a Sua delicadeza e entusiasmo me convidou para participar no seu banquete (ir à missa, sorrir para quem está ao meu lado, fazer com alegria e bem feito as minhas tarefas diárias, rezar, amá-lo nos outros que nesse dia cruzam comigo...) e eu escolho dizer que não pois não percebo a importância deste convite, a minha prioridade não está sintonizada com a vontade de Deus, estou tão atarefada com a minhas coisas que afasto rápidamente este pensamento com uma desculpa aparentemente válida. Por vezes troquei esse convite por coisas tão pequenas......
Ás vezes até penso: Deus é tão bom que compreende estas minhas prioridades.
Mas o Evangelho diz que 'o dono da casa se indignou' (indignou-se perante a minha prioridade, a minha indiferença perante o seu tão grande amor, festa preparada para mim com todo o promenor e carinho e eu escolho não ir) e desta forma eu não vou participar da grande festa que é a eternidade.
Outras vezes sinto que sou aquele que é 'obrigado a ir'. Nessa altura fico feliz pois a sensação de dever cumprido e de paz é grande.
Outras vezes sinto que sou o coxo, o cego, o pobre, aquele que entende a grandeza de Deus, que entende a sua pequenez, que confia e põe-se a caminho da festa. Nessa altura sinto a alegria e a paz que vêm da grande festa outras vezes não consigo sentir nada, mas tenho a total confiança que a festa existe (até pelas experiências de caminho que já fiz que percebi que era bom).
Peço senhor Jesus que tenha piedade de mim pois tantas vezes não consegui dizer sim. Peço que consiga ser mais atenta, disponível, pequena a tudo o que me pede hoje neste dia e sempre e quando não fôr nada disso que me obrigue a ir, mas que nunca me deixe de fora.

Pipos

2 Comments:

At 11:36 da tarde, Anonymous Anónimo reza...

GRANDE IDEIA, ESTA DOS COMENTÁRIOS SARA!!
AMEI O SEU COMENTÁRIO TIA.

CONFESSO QUE QUANDO LI A LEITURA VI-ME NO LUGAR DO HOMEM QUE DÁ A FESTA. E PENSEI, PORQUÊ QUE ELE, E PORQUÊ QUE EU NÃO CONVIDEI LOGO DE PRINCÍPIO PARA A MINHA FESTA O COXO, O POBRE E O CEGO?

É PRECISO HAVER DESISTÊNCIAS PARA ACOLHER AQUELES QUE MAIS PRECISAM?

PEÇO PERDÃO SENHOR PELAS VEZES QUE NÃO ME ENTREGO AOS PEQUENINOS.

 
At 11:43 da tarde, Anonymous Anónimo reza...

Desculpa Luis!!!! A ideia foi tua. Vi agora. Obrigado pela ideia Luis, ajudou-me a pensar mais na leitura!!
Obrigado Sara por fazeres os posts.

 

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