segunda-feira, dezembro 03, 2007

São Francisco de Xavier e Proposta Arriscada


Francisco de Jasu y Xavier (nascido no castelo de Xavier, em Espanha, no ano de 1506). Correspondendo às expectativas dos nobres pais, laureou-se na prestigiosa universidade parisiense. Durante alguns anos, teve a felicidade de conviver, participando até do mesmo quarto de pensão, com Pedro Favre, o qual como ele se tornará jesuíta e será beatificado e com outro estudante meio esquisito, já bastante velho para se sentar nos bancos escolares: Inácio de Loyola.

Inácio tinha descoberto aquela alma: "Um coração tão grande e uma alma tão nobre - disse-lhe - não se satisfazem com efémeras honras terrenas. A sua ambição deve ser a glória que dura para sempre". No dia da Assunção de 1534, na cripta da igreja de Montmartre, Francisco Xavier, Inácio de Loyola e outros cinco companheiros se consagraram a Deus fazendo voto de absoluta pobreza e decidiram ir à Terra Santa para de lá iniciarem a sua obra missionária, colocando-se para tudo sob a inteira disposição do papa. Ordenados presbíteros, em Veneza, e afastada a perspectiva da Terra Santa, tomaram o caminho de Roma, onde Francisco colaborou com Inácio na relação das Constituições da Companhia de Jesus. Aos trinta e cinco anos teve início a grande aventura para o Francisco.

A convite do rei de Portugal, foi escolhido como missionário e legado pontifício para as colónias portuguesas nas Índias Orientais. Goa foi o centro da sua muito intensa actividade missionária que se irradiou por uma área tão vasta que seria excepcional até com os actuais meios de comunicação: em dez anos percorreu a Índia, Malaca, as Molucas e algumas ilhas ainda no estado selvagem: "Se não encontrar um barco, irei a nado" - dizia Francisco, e acrescentava: "Se naquelas ilhas existissem minas de ouro, os cristãos lá se precipitariam. Mas não existem senão almas para serem salvas." E decidiu ir.

Após quatro anos de actividade missionária nessas ilhas, embarcou para o Japão, onde no meio de imensas dificuldades, estabeleceu o primeiro núcleo de cristãos. Seu zelo não conhecia descanso: do Japão já olhava para a China. Retornou ao mar, tendo aportado a Singapura e dali se deslocou a 150 quilómetros de Cantão, o grande porto chinês. Na ilha de Sanchão, aguardando uma embarcação que o levasse à China, caiu gravemente enfermo. Com ele estava um jovem chinês que o guiava. Morreu à beira-mar a 3 de Dezembro de 1552, aos 46 anos de idade. Tinha administrado o baptismo a mais de trinta mil convertidos.

Evangelho segundo S. Mateus 8,5-11.

Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: 'Vai’, e ele vai; a outro: 'Vem’, e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto’, e ele faz.» Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé!

Mesmo apesar de Jesus ter vindo ao mundo por todos, aqueles que Lhe demonstram uma Fé cega, merecem uma especial atenção, e os seus pedidos não serão esquecidos…

Ao fazer uma primeira leitura desta passagem, tudo isto me parece óbvio. No entanto, ao pensar sobre isto, apercebo-me que, muitas vezes, a minha Fé não é tão forte. Aquele homem sabia que um milagre, mais do que possível, era perfeitamente natural. Nem sempre penso assim. Por isso, peço por todos nós, para que a nossa Fé em Cristo não tenha limites, e acreditemos que a Deus nada é impossível